Aula com o Dr. Adolfo Roitman
Não é segredo, ao menos
para mim mesmo, que tenho verdadeira paixão pelo estudo da Bíblia e tudo que
envolve este fascinante livro. Quando isto se alia a outra paixão, História e
arqueologia, o caso fica realmente empolgante.
E este encontro aconteceu
de forma magnífica nesta semana. Alguns anos atrás eu estive na exposição dos
manuscritos do Mar Morto, que ocorreu em São Paulo. Fascinante ver diante de si
parte daquele tesouro da humanidade. E esta aproximação com o tema não parou
por aí. Fiquei sabendo que haveria uma palestra sobre o nome de "Os
manuscritos do Mar Morto e sua Relevância para o Cristianismo Primitivo", que
seria ministrada nada menos de que pelo Dr.
Adolfo Roitman, curador do Museu dos Manuscritos do Mar Morto e Diretor do
Santuário do livro de Jerusalém (onde estão expostos os rolos). Em
outras palavras, o guardião desta preciosidade incalculável, não apenas para a
História por ter sido a maior descoberta arqueológica dos últimos tempos, mas
por sua importância no estudo das próprias Escrituras Sagradas.
Assisti à palestra que durou 1 hora e meia. Muitas das
informações já eram conhecidas, e que estão acessíveis em qualquer livro ou
site da internet, outras nem tanto. Mas a questão nem era tanto o que foi dito,
mas por quem foi dito! O que levei daqueles
momentos foram os insigths, as pontes e confirmações de suspeitas próprias.
Após o tempo de palestra, não resisti e fui falar com o
grande curador. Ele, apesar do cansaço provocado pelas várias viagens e
compromissos, não deixou de me responder uma pergunta. Tentei ser o mais “profissional”
e “erudito” na pergunta, pois era uma oportunidade única, e não queria despejar
sobre ele todas as milhares de perguntas que poderiam ter sido feitas. Sua
resposta foi mais do que um “sim” ou “não”, mas mais uma aula dada de forma
lacônica. Admiro pessoas que conseguem dizer tudo, sem quase dizer nada!
Acostumado a receber presidentes, políticos de altíssimo escalão, ele colocou
sua posição sobre o assunto com certa nobreza de um verdadeiro magnata e com a
simplicidade de um camponês.
Ainda satisfeito com esta pequena aula, tive tempo de pedir para tirar
uma foto com o “mestre” para deixar como recordação deste momento único.
Aprendi também, que a arrogância está no coração humano,
não no conhecimento. Somos donos de nossos corações, e devemos cuidar para que
ele nunca se encha do maior de todos os erros, o orgulho!
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