quarta-feira, 14 de agosto de 2013

Fé e Ciência - uma nova perspectiva

“A fé e a ciência”, ou seria “a fé é uma ciência”? Os abismos que separavam estas duas palavras nos séculos passados, cada vez mais estão sendo diminuídos. A prova disto é o aumento de pessoas da ciência que abertamente têm proclamado algum tipo de crença religiosa. Mas este encontro da fé com a ciência tem provocado um fenômeno interessante. Se a ciência tem mudado sua abordagem de questões que estão relacionadas mais ao campo da religião humana, a fé tem sentido igualmente a força da erudição. E este processo não é algo indesejado, conforme muitos religiosos sustentam, mas uma possibilidade de sairmos de conceitos ainda medievais e retrógrados de nossas teologias.

Uma ciência bem feita será uma experiência religiosa, e uma religião bem feita, será científica. Por “religião” aqui entendo a tentativa de um encontro com o divino. Neste caso o estudo da Bíblia, pode ser algo absolutamente “científico”, pois ela não estará em desacordo com o Criador da própria ciência natural. O fato é que uma análise destes textos, com o intuito de encontrar o seu verdadeiro  sentido, cercado das várias áreas do conhecimento adquirido ao longo de nossa jornada neste mundo e ainda aliado à auto-revelação transcendente do Criador nos levará até profundos conhecimentos.

O problema é que as pessoas estão à procura de um conhecimento que está desconectado da verdade. O que interessa é a satisfação de suas vontades, ou mesmo de seu senso de “eu estou com a razão!”. Mostrar que “E a Bíblia tinha razão” não é tão pouco um exercício de elevada espiritualidade. Até o momento, não tenho razões para duvidar da afirmação de que a Bíblia tem razão. E como poderia, pois ela é o meio pelo qual o Criador se comunica com nossa raça? O que pode ter caído por terra são premissas teológicas ou doutrinárias, pois estas não são a Bíblia. Elas, muito pelo contrário, são interpretações, esquematizações e sistematizações feitas por homens, muitos dos quais pios e “santos” em sua conduta e fé, mas ainda assim, seres passíveis de equívocos.

Que caiam a teologia, que desmoronem os dogmas, mas a Palavra permanece um impávido colosso, ultrapassando Eras. A ciência humanista tem atacado este Livro por muito tempo, mas apenas conseguiu emacular as camadas externas da teologia, sem contudo, provocar qualquer arranhão na face do Livro. Não creio na teologia, nem na ciência, mas creio no Livro. Tanto a teologia, como a ciência são áreas passíveis de interpretações e interpolações, e as interpretações podem ser equivocadas ou incompletas.

Estamos engatinhando nesta nova era científica. Nossa teologia foi alicerçada há quase 2000 anos, quando ainda pouco tínhamos consciência de nosso “Cosmos”. Porém, a Palavra fluiu da fonte criadora deste mesmo cosmos. A Bíblia não é um tipo de manual de ciência como conhecemos hoje, pois os manuais são contemporâneos, e imperfeitos, incompletos. Como texto eterno, a Palavra não fala apenas ao homem moderno, científico, mas precisava abranger a todas as Eras da existência humana, e é aqui que ela se apresenta como verdadeira fonte do saber, pois é atemporal, acultural. Ela é fonte de interesse por parte de uma criança que a pouco aprendeu a ler, e fonte de profundos estudos de cientistas sérios.


Não  importa qual a abordagem que alguém possa ter em relação a este Texto, sempre sairá impactado pela aura de conhecimentos ali contidos. Esta Palavra é fonte inesgotável. Nunca poderemos chegar a afirmar: “pronto, não há mais nada a aprender com ela!”. E isto se explica pelo fato da fonte primária dela, o eterno e infinito Criador, dono e criador da própria ciência! A Ele somente a glória, amém!!!

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