Fé e Ciência - uma nova perspectiva
“A fé e a ciência”, ou
seria “a fé é uma ciência”? Os abismos que separavam estas duas palavras nos
séculos passados, cada vez mais estão sendo diminuídos. A prova disto é o
aumento de pessoas da ciência que abertamente têm proclamado algum tipo de
crença religiosa. Mas este encontro da fé com a ciência tem provocado um
fenômeno interessante. Se a ciência tem mudado sua abordagem de questões que
estão relacionadas mais ao campo da religião humana, a fé tem sentido igualmente
a força da erudição. E este processo não é algo indesejado, conforme muitos
religiosos sustentam, mas uma possibilidade de sairmos de conceitos ainda
medievais e retrógrados de nossas teologias.
Uma ciência bem feita
será uma experiência religiosa, e uma religião bem feita, será científica. Por “religião”
aqui entendo a tentativa de um encontro com o divino. Neste caso o estudo da
Bíblia, pode ser algo absolutamente “científico”, pois ela não estará em
desacordo com o Criador da própria ciência natural. O fato é que uma análise
destes textos, com o intuito de encontrar o seu verdadeiro sentido, cercado das várias áreas do
conhecimento adquirido ao longo de nossa jornada neste mundo e ainda aliado à
auto-revelação transcendente do Criador nos levará até profundos conhecimentos.
O problema é que as
pessoas estão à procura de um conhecimento que está desconectado da verdade. O
que interessa é a satisfação de suas vontades, ou mesmo de seu senso de “eu
estou com a razão!”. Mostrar que “E a Bíblia tinha razão” não é tão pouco um
exercício de elevada espiritualidade. Até o momento, não tenho razões para duvidar
da afirmação de que a Bíblia tem razão. E como poderia, pois ela é o meio pelo
qual o Criador se comunica com nossa raça? O que pode ter caído por terra são
premissas teológicas ou doutrinárias, pois estas não são a Bíblia. Elas, muito
pelo contrário, são interpretações, esquematizações e sistematizações feitas
por homens, muitos dos quais pios e “santos” em sua conduta e fé, mas ainda
assim, seres passíveis de equívocos.
Que caiam a teologia, que desmoronem os dogmas,
mas a Palavra permanece um impávido colosso, ultrapassando Eras. A ciência humanista
tem atacado este Livro por muito tempo, mas apenas conseguiu emacular as
camadas externas da teologia, sem contudo, provocar qualquer arranhão na face
do Livro. Não creio na teologia, nem na ciência, mas creio no Livro. Tanto a
teologia, como a ciência são áreas passíveis de interpretações e interpolações,
e as interpretações podem ser equivocadas ou incompletas.
Estamos engatinhando
nesta nova era científica. Nossa teologia foi alicerçada há quase 2000 anos,
quando ainda pouco tínhamos consciência de nosso “Cosmos”. Porém, a Palavra
fluiu da fonte criadora deste mesmo cosmos. A Bíblia não é um tipo de manual de
ciência como conhecemos hoje, pois os manuais são contemporâneos, e
imperfeitos, incompletos. Como texto eterno, a Palavra não fala apenas ao homem
moderno, científico, mas precisava abranger a todas as Eras da existência
humana, e é aqui que ela se apresenta como verdadeira fonte do saber, pois é
atemporal, acultural. Ela é fonte de interesse por parte de uma criança que a
pouco aprendeu a ler, e fonte de profundos estudos de cientistas sérios.
Não importa qual a abordagem que alguém possa ter
em relação a este Texto, sempre sairá impactado pela aura de conhecimentos ali
contidos. Esta Palavra é fonte inesgotável. Nunca poderemos chegar a afirmar: “pronto,
não há mais nada a aprender com ela!”. E isto se explica pelo fato da fonte
primária dela, o eterno e infinito Criador, dono e criador da própria ciência! A
Ele somente a glória, amém!!!
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