fazer este exercício comigo, agora mesmo.
Ao pensar no assunto, posso me definir atualmente assim:
- Não universalista: não creio que todos serão salvos da condenação no dia do Julgamento final, pois não existe base bíblica para isto. O único argumento forte desta posição é totalmente humanista e viola completamente a Bíblia e a lógica. O amor de Deus jamais será liberal, cego e injusto. Não, não serve como justificativa aqui.
- Não exclusivista: em compensação, rechaço veementemente que salvos serão exclusivamente os cristianizados. Uma leitura simples de Romanos 1,2 e 3 deve ser suficiente para explicar as razões. Salvação não está relacionada ao proselitismo cristão. (Antes de me acusar de heresia, leia o próximo post!). Deus tem seus caminhos, e Paulo deixa isto claro. Não creio que sejamos os únicos salvos. Se for assim, tal salvação pela fé conforme conhecemos teria início só em 1517 com a Reforma. E antes, como se salvavam, pois não era pregado a salvação como a recebemos agora? E o povo do Antigo Testamento? E os povos não alcançados que se extinguiram sem um cristão? E o texto que diz que de TODOS os povos viriam (ao menos um!) e estariam diante do trono louvando a Deus? E os índios que nunca tiveram a chance de ouvir a nossa confissão de fé? Parece que o céu estaria muito vazio se o parâmetro for este, não acham?
- Não minimalista: Tudo relacionado ao material e imaterial não pode depender de nossas interpretações e deduções. A Realidade é maior que nossa compreensão sobre ela. O universo não foi criado para nós ou por nossa causa. Deus não existe para nos satisfazer ou ter um relacionamento conosco. O sentido da vida não é o de nos salvarmos do inferno! Muito mesquinha esta posição. Os planos de Deus não se resumem a nós como raça humana.
- Não ETista: Em moda nos últimos tempos, especialmente por causa dos filmes, não creio que os ETs sejam o que o cinema e alguns sites sensacionalistas nos oferecem. Seguindo o sistema não minimalista acima citado, Deus criou muito mais que o homem neste universo, mas anões verdes peladinhos com antenas não parecem minimamente lógicos. A vida também não está restrita ao carbono. Vida extra-terrestre (ou como prefiro denominar para evitar má interpretações textuais, exo-planetária) é algo já identificado pelas culturas antigas, inclusive a hebraica. Elas provavelmente são multidimensionais e em certa medida atemporais. Estes seres são (pelo menos alguns) mais inteligentes e consequentemente mais "evoluídos" que nós. A questão não está fechada. Quem são, onde vivem, o que fazem, quantos são e etc., só o futuro nos responderá, mas não creio que Hollywood tenha as respostas.
- Não Demonialista: Nem tudo está vinculado à ação demoníaca. O mal transcende a ação de demônios e diabos. Aliás, muita pouca informação segura podemos obter da Bíblia sobre o assunto. O mal é constatado, não definido e nem explicado. Não sabemos quem foi Satanás, qual sua ocupação, criação, intensões, temos apenas teorias e suspeitas em cima de textos dúbios e restritos (ex. Is 14 e Ez 28). Pior ainda é nosso conhecimento sobre os demônios. Quem são? Qual a sua origem? São anjos caídos na rebelião (?) de Satanás? Mais uma vez, apenas temos teorias e interpretações. Não sabemos se os rebelados em Ap 13 são os mesmos que atormentam a humanidade. Nem sabemos se o relato ocorreu ou ainda vai ocorrer. Enfim, nosso conhecimento é muito limitado para formarmos dogmas tão engessados. Parece que os demônios não são os únicos responsáveis pelas desgraças humanas...
- Não Evolucionista: Como creio no relato da Bíblia (e de outros povos antigos), a Evolução é uma total falácia epiléptica de homens querendo se tornar o dono de sua história, maquiando-a da forma que desejam, para negar um Criador, e assim não terem que prestar contas a ninguém. Contudo, a verdade não pode ser desfeita por maquiagens e truques de ilusionistas. A Teoria Evolucionista não se sustenta, e mesmo os cientistas mais sérios já a abandonaram, ou indo para o Criacionismo, ou buscando no Intervencionismo ou deixando a questão em aberto. Incrível como nosso sistema educacional brasileiro ainda se atem a algo que em outros lugares já se abandonou! A vida foi gerada, intencionalmente, e ponto! Tudo que existe foi criado, e para isto precisamos de um Criador que seja maior que o Universo que foi formado. A isto, chamamos DEUS. Mas você pode dar o nome que quiser, não mudará o fato que existe um Deus!
- Não Intervencionista: Não creio no Intervencionismo, ao menos na parte que diz respeito à intervenção extra-terrestre para a formação dos seres vivos deste planeta. Não foram ETs que nos formaram (os carinhas verdes e tal). Eles não manipularam macacos para nos formar homo sapiens. Para isto, precisariam de matéria prima, o macaco, e para isto, precisariam que o Evolucionismo fosse verdadeiro. Sendo que vida não se gera do nada, esta parte do Intervencionismo fica sem base. Contudo, creio no Intervencionismo posterior, conhecido também como Paleo-contato! Basta uma rápida olhada para a História Universal (humana) e para as narrativas dos povos antigos para se detectar o Intervencionismo neste sentido (Paleo-contato). É aqui que se encaixa a chamada "Revolução do Neolítico", um salto quântico na História há cerca de uns 8 mil anos atrás, inexplicável em termos Evolucionistas, mas muito bem encaixável se levarmos em conta o Intervencionismo. Bem, muito poderia ser dito neste item, mas não quero me delongar.
- Não Criacionista: Paradoxalmente, não apoio o Criacionismo, não na sua proposta ultra-ortodoxa. Não concebo uma criação de todo o universo em 6 dias de 24 horas como alguns afirmam. Uma rápida olhada para um céu noturno em seu esplendor e um pouco de conhecimento astronômico deve ser o suficiente para mostrar a arrogância humana de se colocar no centro deste Universo. Será que trilhões de trilhões de estrelas, planetas, galáxias e etc. foram colocados lá só para nos impressionar à noite? Deus criou tanta coisa inútil só para nos mostrar após o pôr do sol? Tudo lá no espaço, sem vida, com o único propósito de nos interter aqui? E tudo isto será destruído após uns 6-7 mil anos? Creio ser muito desperdício, e pelo pouco que conhecemos dEle, extravagância não é um dos seus tributos! Mas, ainda assim, sustento a tese de um Criador...
- Não Ateísta: Não posso conceber a ideia de um Universo sem um Criador, uma mente por trás de tudo. Provar a existência empiricamente de Deus é uma ação impossível, Ele não se submeteria a esta extravagância destas insignificantes criaturas que somos nós. A Bíblia diz que, se quisermos conhecer a Deus, devemos olhar para o seu Filho Unigênito. Bom, tecnicamente falando, os que tiveram esta oportunidade, acabaram por assassiná-lo há 2 mil anos. Desta forma, nossa única possibilidade é provar sua existência nas nossas vidas pessoais. Aliás, não precisamos provar cientificamente a existência do ar que respiramos e que nos dá a vida, simplesmente respiramos. Podemos fazer experiências posteriores, mas para fazê-las, precisamos estar vivos, ou seja, respirando. Com Deus podemos dizer que é assim, só estando com Ele e vivendo constantemente nEle é que podemos fazer experimentos posteriores, mas aí já é outro assunto. Deus não está morto...
- Não Deísta: Por crer num Deus, não significa que a questão está encerrada. Alguns creem que ele exista, mas que está tão longe que já não interfere na sua criação. Não é isto que vemos na Bíblia, e em outras experiências religiosas ao redor do mundo ao longo de nossa minúscula História! A intervenção divina em nossos assuntos contraria desta forma a posição deísta, que afirma que Deus criou tudo, como um relojoeiro que deu corda em sua obra, sem precisar mais se intrometer no curso de sua criação. O problema é que este relógio precisa de constante manutenção, não por ineficácia do relojoeiro, mas por causa do próprio mecanismo. Ele nunca nos abandonou!
- Não Espiritualista: o fato de crer em Deus, leva a outra questão. Este Deus é único, supremo, transcendente, que apesar de ser Espírito, interage na matéria. O pessoal das super-espiritualizações vão levar tudo para o sobrenatural. Tudo em Deus e na Bíblia é embebido numa aura de mistério, místico e espiritual. Não sou deste ponto de vista. A espiritualização de tudo acaba por encobrir muita coisa. Tudo se justifica por esta fórmula. Na realidade, creio mais num Deus que age muito no natural, de forma soberana, fazendo com que coisas aconteçam (ainda assim de forma miraculosa), mas que podem ser compreendida por nossas leis. Não, nem tudo é assim, mas nem tudo é espiritualista também. Equilíbrio é tudo!
Estes são alguns pontos, existem mais, contudo, por enquanto é isto. No próximo post colocarei o que sou (aqui foram os que não sou!).
Leialdo
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